terça-feira, 25 de outubro de 2011

Entrou na sua habitacao, percorreu, da oficina do aspirador de poh para o quarto barulhento, tudo com um pulo pelo coletivo umido. Escorregam pelo seu corpo mala e blusa afirmando que ia comecar mais uma inspecao de elementos. Tudo quieto, no seu lugar, se banhando de luz amarela e uma sombra que percorre, analitica, fazendo a checagem de estoque. Sim, 8 livros, bioy casares que nunca li, engracado ter sido o primeiro que me foi emprestado quando entrei na habitacao.

Comeca aqueleve navegar a poeira de vassouras irritadas, empurrando tripulantes apressados e desconfiados. No, no hace falta, com licenca.

E silencio.

Busca maneiras, um busca maneiras. Sim, o que falta eh o busca maneiras. Pensei, de verdade, que estava aqui. Todos se entreolhando, com grande esforco para ter no olhar o nao saber o que acontecia -Como aceno, tudo nao eh mais que um aceno. Como xadrez que, depois da grande vitoria, guarda tudo no mesmo pote! - Sim, para depois, com a mesma mao, provar outro caminho.

Afinal, ajoelhado desconfortavelmente agradeco pelo pao e pela agua dada em copos ensaboadoas. Levadas com passos ligeiros, ombros parados e maos coladas. Igual crianca em festa.

Sala de estar, com o esqueiro culpado, Herman Hesse rindo diz que Aquele poeta dos 40 que nao se lembra o nome esta rindo dele, tudo desliza de volta ao seu lugar e a lampada, enfraquecida, entrega a luta para a fumaca.

Um convite que, se eu pudesse enxerga-lo, seria retangular, vermelho bem escuro e sem letras diz que a loucura é só um passo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário