segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Paula dois




Acho que essas densas lágrimas nunca vão te deixar ver como eu vejo a morte. Enxergo muito bem que só existem dois tipos, aquela que te persegue e te agarra em uma queda de avião, numa bala de chumbo perdida pelas ruas ou quem sabe em um câncer, inesperado e definhado. Existe também aquela morte que esta estacionada, fica lá parada em um mostruário de padaria dentro de um pacote com 20 cigarros branquinhos, em uma doença que fica escondida atrás da genitália ou em um pó branco que os comerciantes da madrugada vendem.
Pelos meus julgamentos, todos aquele que partem por uma morte que estava estacionada, são suicidas. E você que agora chora e grita dizendo que amarguei tudo que existia de bom na sua personalidade, veja bem, nunca fui à tua casa.

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